A Rede Globo estreia nesta segunda-feira, dia 31 de agosto,
substituindo “Gotham” a série Filhos da Guerra (Generation War), vencedora de
18 prêmios internacionais, inclusive o International Emmy de 2014 na categoria
Melhor Minissérie. A minissérie possui três episódios de 90 minutos e é uma
co-produção entre a rede ZDF em parceria com o canal ORF, da Áustria, e Beta
Film, responsável pela distribuição internacional, em parceria com a Arrow
Films, que distribui a minissérie no Reino Unido. A Globo desmembrará estes três
episódios em seis, exibindo a série até na sexta-feira dia 04 de setembro.
Filhos da Guerra, exibida para lembrar os 70 anos do fim da
Segunda Guerra Mundial, acompanha a vida de cinco amigos que têm suas vidas
alteradas quando a Segunda Guerra Mundial estoura e tomam diferentes rumos
durante esses anos, o que torna o reencontro deles cada vez menos improvável.
A história tem início no ano de 1941, época em que o
Terceiro Reich inicia sua campanha militar contra a Rússia. Wilhelm (Volker
Bruch), Friedhelm (Tom Schilling), Charlotte (Miriam Stein), Viktor (Ludwig
Trepte) e Greta (Katharina Schüttler) se despedem em um restaurante na
Alemanha, prometendo se reencontrar depois que a guerra terminar.
Friedhelm e Wilhelm são oficiais condecorados do exército
alemão, enviados ao front logo após a despedida deles dos demais amigos.
Charlotte, secretamente apaixonada por Wilhelm, trabalha em um hospital
militar. Para ficar próximo dele, ela consegue ser transferida para a região
onde o pelotão de Wilhelm está.
Greta, uma cantora de música popular em início de carreira,
é amante de Viktor, um judeu filho de um alfaiate. Buscando ascender
socialmente, Greta se envolve com um Tenente Coronel da SS. Quando seu amante é
feito prisioneiro pelos nazistas, ela tenta utilizar seu relacionamento com o
oficial para libertá-lo, sem saber qual é a verdadeira situação de Viktor.
Na prisão, Viktor conhece Alina, uma jovem polonesa com quem
consegue escapar. Os dois são acolhidos pela resistência polonesa, que enfrenta
os ataques do exército alemão, onde Friedhelm é um dos comandantes. Buscando
conquistar o respeito do pai, Friedhelm se transformou em uma máquina de
guerra.
Vivendo no limite entre a rebelião e a conformidade, esses
amigos começam a perceber a realidade do conflito e suas consequências,
transformando suas opiniões e comportamentos, dando a cada um uma nova
perspectiva de vida e valores.
Curiosidades:
A produção gerou controvérsia e sofreu muitas críticas em
seu lançamento, principalmente no exterior, pelo fato de apresentar os alemães
mais como vítimas dos efeitos da guerra do que como responsáveis por ela.
A minissérie foi considerada pelo Der Spiegel, uma das
principais revistas da Alemanha, como "um marco de mudança na produção
televisiva local". Mas a produção não recebeu apenas elogios. O jornal Kölner
Stadt-Anzeiger classificou Generation War "uma sucessão de clichês sem
profundidade". Segundo o Hollywood Reporter, a imprensa alemã aproveitou o
sucesso da minissérie para convidar o público a investigar mais a fundo a
verdadeira participação de seus pais, avós, bisavós, tios e tias com mais idade
nos eventos que cercam o conflito.
Mesmo com as críticas, Unsere Mütter, Unsere Vätter venceu
premiações tanto na Alemanha quanto no exterior, como o Deutscher Fernsehpreis
(Prêmio da TV Alemã), a Goldene Kamera (Câmera Dourada), o Festival de Cinema
de Shanghai e o Prix Europa 2013.